“O mais rápido possível com as menores taxas possíveis”


"Acreditamos que o que é necessário entre os Estados Unidos e a Europa não são tarifas, mas um mercado aberto onde os produtos possam circular", instou Macron.
Emmanuel Macron defendeu um acordo comercial "o mais rápido possível" entre a UE e os Estados Unidos, com taxas alfandegárias "tão baixas quanto possível", na quinta-feira, durante uma viagem a Aveyron.
"Para mim, o acordo certo é aquele que é concluído o mais rápido possível, com as tarifas mais baixas possíveis e que deve ser justo e firme", declarou o presidente francês, seis dias antes do prazo estabelecido por Donald Trump.
Enquanto o Comissário Europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, está em Washington para tentar concluir um acordo em nome dos 27 Estados-membros da UE, Emmanuel Macron disse que inicialmente esperava "o acordo mais ambicioso", ou seja, "zero por zero por cento" de direitos aduaneiros. Porque "acreditamos que o que é necessário entre os Estados Unidos e a Europa não são tarifas, mas um mercado aberto onde os produtos possam circular".
Mas, por enquanto, "são 10% que se aplicam" e "o que nos pesa potencialmente são 25% ou mais", observou o presidente, que visitava os produtores de Roquefort, que podem ser duramente afetados por tal aumento.
Como parte das negociações em andamento, cujo prazo final foi fixado por Donald Trump para 9 de julho, Emmanuel Macron espera "obter o que é o mínimo hoje para os americanos", ou seja, "10% por 10%" em taxas alfandegárias. E que "a tarifa de 0% que existia anteriormente" em certos setores, como "aeronáutica", "também possamos ter", acrescentou.
O presidente francês também pediu que os esforços de defesa planejados pela UE sejam "destacados" na discussão, bem como o fato de que os 27 "serão compradores" de "gás liquefeito" americano para reduzir sua dependência da Rússia.
Macron divulgou sua posição depois que o chanceler alemão Friedrich Merz pediu à UE na quinta-feira que encontrasse um acordo "rápido e simples" com os Estados Unidos, priorizando certas "indústrias-chave".
"Agora precisamos chegar rapidamente a um acordo com os Estados Unidos para que nossas empresas possam ser isentas dos impostos alfandegários altíssimos que elas precisam pagar atualmente ao exportar para os Estados Unidos", disse Friedrich Merz em um discurso para uma federação de bancos alemães.
(o/rk)
20 Minutes